A enf. Graça trouxe-nos ao 2º piso e fomos recebidos pelo enf. João Rafael. Ficamos instaladas no mesmo quarto da outra vez, o quarto 2. Não tínhamos chegado há muito (passava pouco das 17:00) e comecei a sentir-te quente. num instante estavas com 38,9º. Chiça Que foi mesmo melhor ficares cá! A temperatura cedeu rapidamente e estiveste bem-disposta, a brincar, ver cacás na TV, ver livros, fazer um puzzle..veio a hora de jantar e não quiseste comer nada novamente, mas estava na hora e demos-te a sopa, ainda não tínhamos dado a água e oops! Veio tudo fora. A sopa e a sonda!
Ficaste um pouco aflita de te veres suja a ti e ao chão. Só repetias... "Tão, tão!" Tiramos-te a roupa, o adesivo da sonda (a enf. Catarina foi muito mueiguinha), as meias e os sapatos. Vieram limpar e fazer a cama. A crise passou, mas lá veio a febre. Querias mêmê, mas... Faltava sonda. Fomos ao espelho ver a tua carinha linda sem adesivos nem tubos, conversamos sobre mnham-mnham. Saudades de agarrar nas tuas duas bochechas ao mesmo tempo... A enf. Dulce lá veio com a enf. Catarina. Choraste, não te querias deitar. Foi complicado pôr a sonda. Choravas e vomitavas secreções. Depois de se conseguir, demos-te muito miminho, maminha e uma frutinha. Ficamos com medo que vomitasses novamente mas aguentaste. Tinhas soninho, querias dormir. O papá foi embora, as enfermeiras também. Finalmente podias relaxar. Há meia-noite vieram medir-te a tensão, mas lá ficaste a dormir. Quando olhei p o relógio eram 1:18. Procuravas a maminha e eu dei. Medi-te a temperatura estavas com 35,5.num quadro de febre pareceu-me demasiado baixo. Mamavas inquieta. Tentei relaxar e adormecer mas não consegui. Estava preocupada e também sentia o estômago pesado e azia da água que bebera. Quando finalmente decidi abrir os olhos e voltar a medir-te a temperatura eram 2:00 e estavas já com 38,9º! Irra que não aguentas 6 horas sem febre. Chamei a enfermeira. Dou-te paracetamol na sonda. Passados, talvez, 10 minutos, senti-te com vômitos, sentei-te na cama e toca a deitar fora leite e paracetamol. Toca a chamar. Veio a D. Paula e a enf. Manuela. Ficaste bem acordada e querias beber água! A D. Paula começou a tirar o lençol de baixo. E eu comecei a sentir-me mal. Contigo mos braços, faltavam-me as forças. Estavas ligada ao sensor, não me podia sentar. Tinha calafrios e sentia o estômago às voltas. Estavam no quarto a enf. Ana, a enf. Manuela e a D. Paula. Parecia demorar uma eternidade, mas não eu é q não tinha forças. Posei-te na cama, pedi-te desculpa e corri para a casa-de-banho. Será que tinha tempo de chegar? Lá consegui. Vomitei água e secreções. Nada de mais mas tinha de sair. Tomei um paracetamol e uma bolacha. A dor de cabeça não me largava... Bestimoste o pijama e Deitámo-nos. Acalmavas. O novo paracetamol intravenoso começou a sorrir efeito. Dormi até ás 7:10 quando já o sol clareava o dia e a enf. Ana veio medir-te a temperatura. 34,7º. Por ora tudo bem.
São agora dez da manhã. Estamos novamente com o enf. João. Ainda não tens febre mas os batimentos estão altos e a temperatura está a subir. O enf. veio cá fazer recolhas e de seguida será hora de paracetamol novamente. Espero que se acerte com o bicharoco rapidamente e com medicamento e que isto passe depressa. Tenho medo que isto complique o tratamento da doença e não convêm nada. Quero ver-te a crescer livre deste sítio linda e feliz. Não quero que estejas doente, não quero que fiques mais aqui. Põe-te boa, Amor! Luta contra o bicho, vence e vamos para casa!
Amo-te muito minha Pimentinha, linda e dói-me o coração de te ver sofrer!