quinta-feira, 24 de dezembro de 2015

Hoje dormiste de barriga para baixo

Hoje é dia de consoada e dormiste de barriga para baixo. A certa altura estavas de quatro em posição de gatinhar, com o reabito bem no ar. Foi engraçado ver-te dormir assim!
Hoje é dia de consoada e devia estar entusiasmada por ser o teu primeiro Natal mas não estou. Tenho a cabeça a mil e o coração apertadinho. Queria passar este dia só nós para desfrutar de ti, o nosso "Menino Jesus". Porém vou ter que o dividir, vou ter que te dividir com muitas outras pessoas. Este não é dia para egoismos, no entanto é o que sinto, perdoe-me Deus. Vamos à quinta e vão lá estar os tios todos e os primos todos e os avós e bivós e não sei mais quem. A avó T., que fomos buscar, tbém vem. Como ela diz, tenho de pôr o coração ao alto e não pensar mais nisso. O importante és tu e a tua felicidade. Hoje é um dia especial. Foi o dia em que dormiste de barriga para baixo.

Amo-te muito minha Pimentinha!


quinta-feira, 10 de dezembro de 2015

Hoje

Hoje fizeste coisas novas. Hoje já és capaz de mais coisas. Hoje estás a crescer. Hoje conseguiste ligar a televisão pela primeira vez. Com o dedito lá carregaste no botão do comando e fez-se luz, por assim dizer. Hoje conseguiste tirar a maminha para fora do sutiã. Eu bem sabia que ias conseguir fazê-lo antes de chegares ao ano! Fiquei emocionada. Estás a crescer. Hoje já consegues mover-te para a frente e para trás com destreza (não é bem gatinhar, mas que te deslocas, deslocas). Hoje dás turrinhas ao espelho bem devagarinho. Hoje não me deixas vestir-te ou mudar-te a fralda sem te virares e revirares e queixares. Hoje já sais do eurobrinca para o chão sem grande dificuldade. Hoje brincas sozinha e bates palmas. Hoje já mal cabes na caminha da C. Hoje choras e chamas mamãma. Hoje tenho a certeza. Hoje...

Amo-te muito, Pimentinha!

segunda-feira, 7 de setembro de 2015

Primeira sopinha

Sim, estou em falta com imensos posts e assuntos que quero abordar, mas não tenho conseguido arranjar tempo. Mas vou melhorar e vou conseguir. E vai começar a partir de... Hoje!
Hoje (7 de Setembro) foi o dia da tua primeira sopinha. Foi de batata, cenoura e uns bagos de arroz carolino. Papaste lindamente, foi quase tudo! Já chegavas a cabecita para perto da colher para a comida chegar ao seu destino mais rapidamente! Só interrompemos porque começaste a rezingar para... Maminha! 
Ah, e momentos antes da sopa adormeceste ao meu colo, linda e serena, minha bailarina!

domingo, 6 de setembro de 2015

4:34

São 4:34. Adormeceste agora nos meus braços enquanto caminhávamos casa fora no escuro. E eu ainda não. Vieste a dormir na viagem. Acordaste. Mamaste. Adormeceste. Acordaste. Mamaste, adormeceste, acordaste...   

Há noites duras, mas eu amo-te muito minha Pimentinha

sábado, 5 de setembro de 2015

Sobrancelhas

Ontem reparámos que as tuas sobrancelhas estão a ficar mais definidas, mais fortes! Linda, linda, linda!
 Pronto era isto! 

Amo-te muito Pimentinha!

sábado, 1 de agosto de 2015

Para Memória Futura

Este é um daqueles posts que se calhar não faz muito sentido, mas andava aqui a saltitar para trás e para a frente na minha cabeça e não se ia embora. O papá quando ler isto vai abanar a cabeça em sinal de desaprovação, porque a mamã é tonta... Digo-te isto caso não me lembre de to dizer pessoalmente. A avó T também só me disse isto depois de tu nasceres e eu tinha poupado tempo (e nós dos dedos) se soubesse antes!
O sabão azul guarda-se fechado num saco de plástico porque se não desintegra-se quando se cortar!
Pronto era isto!

Amo-te muito minha Pimentinha!

P.S. Quando estiveres grávida ou a amamentar não te punhas a limpar o congelador com ele desligado porque há uma forte probabilidade de não te lembrares de o voltar a ligar! Já agora tem cuidado com o ferro da roupa. Aprende a desligá-lo por instinto não vá o diabo tecê-las...

terça-feira, 21 de julho de 2015

Vacinas

Rai's partam as vacinas! Rai's partam as vacinas que doem! Rai's partam as vacinas que te fazem chorar! Rai's partam as vacinas que põem irritadiça! Rai's partam as vacinas que te dão cólicas! Rai's partam as vacinas que não te deixam dormir! Rai's partam as vacinas que me dóem a mim como a ti! Rai's partam as vacinas que têm efeitos secundários... Rai's partam as vacinas salvo seja mas são precisas só que dói tanto ver-te sofrer... Precisamos de coragem, muito carinho e muita maminha.

Amo-te muito minha Pimentinha!

quarta-feira, 24 de junho de 2015

O Arroto Maroto Não Me Deixa Dormir!

Queres dormir e não consegues e choras e pedes maminha. 

Ora, todos os bebés precisam de arrotar. Tu também, amor. 

Ora, se estás a mamar dormes, mas se dormes não arrotas. Até aqui tudo bem... Mas e quando mamas tanto que de facto  precisas de arrotar só que estás a dormir? Pois bem, despertas do teu soninho abençoado (porque os bebés despertam ou semi-despertam muitas vezes enquanto dormem) para arrotar e não consegues voltar a adormecer. Ora, bebé que não dorme o que precisa fica rabugento (muitíssimo) e irritado (montes). Ora, como se acalma um bebé rabugento e irritado? Com mama... Mas como o bebé já estava a precisar de arrotar e mamou outra vez o que acontece? Ora, fica empanturrado e não consegue dormir porque está demasiado cheio. Com sorte fica contente e calmo e anda a passear e a dançar ao colo e vai arrotando e bolsando. E sono? Está escondido. Não tarda reaparece. E como se adormece um bebé que tem sono mas não consegue dormir? Com mama, muito carinho e uma aplicação com o som de um rio a correr. 

Esta foi a nossa manhã. (Das 9:30 às 15:15). 

Ora, e o arroto maroto? Esse não sei onde foi, mas espero bem que te deixe dormir! * editado - apareceu a meio do teu soninho seguinte. Bolsaste e tornaste a adormecer!

Amo-te muito minha Pimentinha!

domingo, 21 de junho de 2015

Desisto

Não dormes durante o serão, não dormes durante o serão e pronto. 

Já na barriga nos fazias companhia à hora de fazer o jantar e de ver televisão. Mexias-te, esperneavas e pulavas em cima da minha bexiga (e eu adorava). Não podemos estranhar q agora não queiras dormir. Queres que as luzes estejam acesas e que não seja de noite. Costuma ser a tua hora do stress... Tudo te incomoda e não consegues dormir e choras muito. 

Ontem não choraste. Fomos para a "festa" e estiveste sempre calma e sem stress. Havia a churrascada dos vizinhos e resolvemos experimentar. Afinal estávamos na rua, mas em casa e nem eu nem o papá precisávamos de preparar o jantar. Tinhas dormido uma sesta muito curtinha no carrinho e acordaste mal chegámos a casa. Ainda fui dar mais uma voltinha mas não chegaste a adormecer. Não insisti e deixei-te ficar no carrinho quieta - podia ser que acabasses por dormir... Mas não. Deixaste-me comer umas entraditas e depois quiseste mamar - afinal tens sempre mais fome ao fim do dia. Fomos a casa e mamaste - podia ter sido lá fora, mas vizinhos são vizinhos... Depois de 30 minutos (ou 40). Convenci-te que estava na hora e largaste. Voltámos para o quintal. Tirei-te do marsúpio, foste para o carrinho. O papá embalou-te um tempo (bastante). Ficaste mole mas não dormiste! Eu comi, conversei... Peguei no carrinho e tu acordada. Não te embalei mais. Não dormiste e pronto. Passava das 11:30 começaste a rezingar. Viémos para casa. Mudámos-te, mamaste e dormiste até de manhã. Por ontem desisti. Não dormiste, não choraste e estavas calma. Hoje logo se vê! Viémos a casa da avó T. e temos uma viajem de carro pela frente, por isso logo se vê. Mas ontem (e esta manhã) só me apetecia dizer: desisto! 

Amo-te muito Pimentinha! 

quinta-feira, 18 de junho de 2015

Não há Regra sem Excepção

Costumas fazer noites boazinhas, mas como não há regra sem excepção, trocaste-me as voltas e acordaste às 4:10 da manhã.

Pensei que tinhas a barriga às voltas, mas não posso afirmar com toda a certeza. Dei-te maminha e não adormeceste. Estivemos quase 3 horas acordadas; já eram 7 quando adormeceste, depois de te dar maminha novamente. Depois acordaste antes de mim ainda não eram 10:00. Deixei-te sozinha e fui comer. Acho que nunca tinhas dormido tão pouco numa noite. Nem nunca eu te tinha deixado acordada para ir comer. Custou-me muito porque já não estava habituada a este ritmo. 

Deves estar a passar por um pico de crescimento e precisas de mais alimento. Ou tens sede porque está muito calor, ou os dentinhos estão a começar a incomodar (os meus começaram a nascer aos 4 meses e tu estás quase lá)... 

No dia a seguir foi um pouco mais tarde, mas ainda assim mais cedo que o habitual. Eram 5 (ou quase) e estivémos acordadas outra vez muito tempo. 

Hoje já estiveste mais próximo da tua norma. Eram 6 e pouco, mas só tinhas adormecido próximo da 1:00. 

Eu ando cheia de sono (e tu também), mas faz parte. Mãe aguenta é só uma questão de reajuste.

Amo-te muito minha Pimentinha

sexta-feira, 12 de junho de 2015

Hoje Rebolei pela Primeira Vez

Hoje (ontem) rebolei pela primeira vez. E foi lindo! Estás a crescer, bebé, e emocionas-me todos os dias. 

Hoje conseguiste voltar a adormecer sozinha. Já não o fazias há mais de uma semana... Tinha de ser sempre com maminha. As malvadas das vacinas dão-nos panos para mangas! Não ficas com febre propriamente dita, (parece que como eu e a avó T. não ficas com febre facilmente) mas ficas muito irritada, choras muito e ficas com dificuldade em adormecer. Não gosto de te ver sofrer. Dói-me o coração e faço a única coisa que sei que alivia. Dou-te maminha e tu lá acabas por ficar mais descansadinha. Ontem chegaste a estar a mamar 1h30m! Acho que por esta altura os bebés, por norma, começam a ser mais rápidos a mamar. Tu demoras mais. Gostas de mamar e pronto. A maminha é o teu conforto e pronto. Eu também gosto muito de te dar maminha mesmo ficando cansada e desgastada e com fome e com sede. Não faz mal. O importante é que não sofras.

Hoje pus-te pela primeira vez na tua caminha de grades e gostaste. Estiveste a brincar comigo, sozinha e com o papá. Foi tão bom ver-te satisfeita a olhar para as coisas!

Estás a acordar. Tenho de ver como estás. Amo-te muito Pimentinha!

sexta-feira, 5 de junho de 2015

Acho que Não Vais Querer Saber

Acho que não vais querer saber disto, mas tenho de to dizer. Pelas minhas contas e pelas do sr. doutor faz hoje um ano e um dia que tu começaste a existir. Nessa altura eu ainda não sabia, mas já tinhas entrado nas nossas vidas. Foi nessa hora que tudo mudou. Agora estamos mais ocupados, mais atarefados porém muito mais completos, muito mais cheios de amor. Faz hoje um ano e um dia que se começou a criar este admirável mundo. Faz hoje um ano e um dia.

Hoje faz 16 anos que fiz a minha primeira tatuagem. Já imagino o que será a próxima, meu peixinho...

Faz hoje 65 anos que o bisavô morreu (o papá da avó T. ). Ela só tinha 11 anos e ficou muito triste. O tio Manuel ainda nem sequer tinha nascido... Eu sei que não é uma história bonita de contar, mas é a tua, a nossa história. Antigamente era muito difícil ter cuidados médicos e pelo que sei o que teve podia ser tratado. Foi uma apendicite aguda. Ainda hoje são muito perigosas e é preciso agir rapidamente. Por isso nunca hesites em ir ao hospital se te doer a barriga do lado direito.  

Hoje também faz um ano menos uma semana que tomei o meu último comprimido para a dor de cabeça (já não o devia ter feito, mas não sabia). Foi na festa de 3 anos da Prima Fr. em casa do tio J. e da tia L.

Faz hoje um ano e um dia que o admirável mundo da Pimentinha começou. Amo-te muito minha Pimentinha!

sábado, 30 de maio de 2015

Descobriste a Tua Voz

Pois é, ontem descobriste a tua voz. E é divinal! Falaste com a mamã, o papá, com os "anjinhos" e com o Pinky (o KikoNico cor-de-rosa que eu acho que vai mudar de nome). Faz uns A-a-a e uns E-e lindos! Doces e um pouco roucos talvez. Vais ter uma voz linda de certeza! Acho que hoje até foi assim que me pediste para mamar... 

Estás a crescer e eu a amar cada minuto desta evolução contigo. És minha filha e cabe-me a mim este papel de te acompanhar, acarinhar, alimentar, segurar e empurrar (às vezes também é preciso). Às vezes custa um bocadinho. Dói-me a maminha porque houve uma manhã que não mamaste bem (bloqueou-se-me um ducto, e isso dói e muito!) e eu resolvi dormir de barriga para baixo. Tenho sono e queres mamar. Tenho sono e eu já acordei mas tu ainda não e tenho de esperar que tu acordes. Tenho sono e tens de arrotar e tu tens sono. Às vezes custa um bocadinho quando tu choras desalmadamente e não sei o que faça (nem o papá). Às vezes custa um bocadinho, mas devo ser masoquista porque estou a adorar cada momento!

Amo-te muito, Pimentinha!

sexta-feira, 29 de maio de 2015

Acho que precisamos de ajuda.

Acho que precisamos de ajuda.

Acho que estou farta de ouvir conselhos mas precisamos de ouvir alguns. Não tu, mas sim eu e o papá. Tu sabes que queres algo e reivindica-lo veementemente (nem sempre sabes muito bem o quê é nós nem sempre conseguimos interpretar). Quando queres arrotar e estás à maminha largas e prendes e largas e prendes e eu é que tenho de ser rápida o suficiente para te pôr direita senão contínuas a mamar e ficas mal-disposta.  
Acho que estou farta de ouvir opiniões mas precisamos de ouvir alguns conselhos (não vindos de qualquer um, mas de quem realmente se preocupa com isto de dar maminha). Não tu, mas sim eu e o papá. Tu sabes que queres algo e reivindica-lo veementemente (nem sempre sabes muito bem o quê e nós nem sempre conseguimos interpretar). Por exemplo, quando queres arrotar e estás à maminha largas e prendes e largas e prendes e eu é que tenho de ser rápida o suficiente para te pôr direita senão contínuas a mamar e ficas mal-disposta.  

Tenho estado a ler sobre amamentação e conselheiras de amamentação e quanto mais leio, mais chego à conclusão que às vezes devia era ter ouvidos moucos e não prestar atenção às pessoas que me dão opiniões (inclusive médicos). As maminhas são minhas e a fominha (ou vontade de mamar) é tua e nós é que sabemos! Sinto que sabia melhor o que fazer antes de ouvir os outros (mesmo sem querer). Tenho muito mais dúvidas se estou a fazer bem ou mal, muito mais inseguranças e incertezas. Parece-me que corria melhor quando nada sabia, quando nada ouvia. Tudo era novo, mas tudo era natural. Agora o que dizem entranha-se no nosso quotidiano por mais que tente abstrair-me. A mãe é que sabe. Foi algo que ouvi e li. Acho que é isso mesmo... A mãe é que sabe.

Dizem que os bebés mamam em 10/15 minutos e que retiram 90% do que precisam em 4 minutos. Pois bem, tu demoras 30 minutos (no mínimo dos mínimos). Tu gostas de mamar e mamas bem. Demoras o tempo que tens a demorar e ninguém (para além de mim própria) tem nada a ver com isso. O meu pai, o teu avô L. dizia que o leite não se bebe, come-se.

Disseram-me (médicos e outras pessoas, da família até), que deves mamar de uma maminha e depois de outra (eles sabem lá!). Mas pelo que sei, o bebé larga a maminha quando está já não te leite. Ora, tu não largas. Nunca. Ou quase nunca. Quando adormeces à maminha ou quando eu acho que tu já estás a fazer ronha tenho de te tirar a maminha. Depois de 30 minutos, quando te tiro a maminha porque sinto que tens de arrotar ou acho que estás na ronha espremo a maminha e lá sai esguicho. Não está vazia não. Tu engordas, ou não, mas dás ao litro e eu dou o litro! Houve uma médica que me falou até de suplemento... Ainda há uma maminha de sobra antes disso, não?! Para ela deve ser mais importante engordar do que crescer saudável! - Os frangos de aviário também engordam com ração... É óbvio que se tiver de ser, será, mas enquanto eu o poder evitar, evito!

De uma coisa não tenho dúvida alguma... Amo-te muito Pimentinha

quarta-feira, 6 de maio de 2015

9 Semanas

Tens 9 semanas e pouco e desde há uns dias que descobriste que podes usar as mãos para chuchares e te acalmares. 

Tens nove semanas e uns dias e hoje mostraste que já consegues pegar nos teus bonequinhos. Vimos-te segurar (por breves instantes) o Anselmo, a Mai e o Capitão com intenção. Fiquei comovida, vieram-me as lágrimas aos olhos. Estás a ficar crescida! És tão linda, Amor!

Tens nove semanas e uns dias e hoje quase gargalhaste. Emitiste um sonzinho tão nítido enquanto sorrias para mim! Fiquei derretida! És tão linda, Amor!

Tens nove semanas e uns dias e no fim-de-semana passado fomos pela primeira vez a casa da avó T., à casa onde cresci, à minha casa. Gostaste do quarto, mas depois quando fomos para a cozinha chateaste-te e choraste. Veio o meu (e teu) primo De. conhecer-te. Depois mamaste novamente e dormiste. Viemos embora e a avó T. veio connosco. As viagens correram bem.

Tens nove semanas e uns dias e dormes ao meu lado. Hoje está a correr bem. Ontem e antes de ontem choraste muito. Não conseguiste dormir à tarde e não te acalmavas por nada. À tarde fomos passear e descobri que o som do mar faz milagres (pelo menos hoje faz). Ontem esteve cá a vovó L e antes de ontem foi o primeiro dia da avó T. cá em casa.

Tens nove semanas e uns dias e amanhã o papá faz anos. Parabéns, papá! A Pimentinha e eu amamos-te muito!

Um Dia de Cada Vez

Ou: O Insustentável Peso do Ar; A Hora do Stress; Back In My Old Pants; A Festa de Anos da Prima A.; O Teu Segundo Mês; As Terríveis Cólicas (ou Lá o Que É); Já Dormes a Noite Toda, Bebé! A Ervilhinha; Feliz Aniversário de 2 Meses...

Este post podia ter muitos títulos, mas escolhi o mais simples. Temos de curtir, viver e ultrapassar um dia de cada vez. Demorei muito para escrever e descrever este mês. Tens ocupado (felizmente) muito do meu tempo e eu gosto.

Todos os dias têm sido iguais e todos os dias têm sido diferentes. Acordamos sempre tarde. Primeiro eu esperançosa e desejosa de ter tempo que chegue para comer e ir à casa-de-banho. Depois tu com os teus olhinhos espertos e alegres. A maior parte das vezes consigo fazer tudo o que quero, de vez em quando não. Tu és como nós. Gostas de dormir a manhã toda no escurinho e sem perturbações. Abro-te a persiana devagarinho. Primeiro alguns buracos, 10 minutos depois todos e por último puxo-a toda para cima. Passado um pedaço acordas linda e cheia de vida. Fazes força e eu ajudo levantando-te as pernocas. Ficas aliviada e começas a ficar inquieta. Não gostas de te sentir suja. Trago-te para a sala, mudo-te a fralda, ficas a sentir-te bem. Ponho soro no nariz, lavo-te a cara e as mãos e ponho creme na tua carita se der tempo. Sento-te na tua cadeirinha, a preta da marca sueca BB. Primeiro ficavas a chorar. Querias comer. Tinhas fome. Depois de tratar do teu rabinho vou sempre lavar as mãos, tem de ser. Aproveito e trago a tua caminha para a sala. Agora já não tens chorado. Esperas por mim. Às vezes ainda choramingas quando me ouves a chegar, mas hoje não. Agora já sabes que a mamã vem lá pronta para te dar maminha. Olhas-me com um olhar ávido e contente a fazer biquinho com a boca e a língua de fora a salivar de antecipação e eu digo, a mamã dá, a mamã dá. Vamos para o nosso cantinho do sofá e bebes o teu leitinho sofregamente primeiro mais devagar a seguir. Estamos muito tempo as duas. Às vezes ficamos as duas com sono, outras vezes não. Gostas de mamar até ficar molinha, mas agora já não tens tanto sono e choramingas um bocadinho. Às vezes adormeces, mas quando o papá chega para almoço estás sempre acordada, parece já sabes quando ele está em casa! Não conseguimos almoçar juntos, mas não faz mal. Estamos a cuidar de ti, a brincar contigo ou a tentar adormecer-te. Ficamos felizes. Às vezes ainda tenho de ir tomar banho e só almoço quando adormeces, outras vezes como logo e fica o papá a tratar de ti. Dormes um pouquinho e depois pareces acordar, mas não. Abres os olhos, espreguiças-te, esperneias e esbracejas. Demoras que tempos a voltar a dormir profundamente. Tento não te perturbar, mas na maior parte das tardes acabo por pegar em ti ao colo. E dormes. [como agora]. É tão bom ter-te assim nos meus braços descansadinha... 

Quando acordas para lanchar, já o sol bate na nossa janela. Mudo a fralda e dou maminha. É normalmente a esta hora que se dá um fenómeno que não conseguimos explicar. Ficas agitada e pareces nunca ficar satisfeita com a maminha. Tento pôr-te a arrotar e não deixas (só te consigo colocar "direita" desde há uma semana). Mexes a cabeça violentamente para um lado e para o outro e contorces-te. Não consegues ficar molinha como gostas e chateias-te. A luz parece incomodar-te, o som da TV também. A fralda atrapalha-te, a roupa também. Tens calor, tens frio. Precisas de arrotar e não consegues. Arrotas-te e não gostas, bolsaste e não gostas. Queres colo mas não queres. Queres a tua caminha mas não estás bem. Dói-te a barriga, tens gases, tens as terríveis cólicas ou talvez não. Estás mal-disposta, tens azia (ou refluxo). Um dia é uma coisa, noutro é outra. É a Hora do Stress, é a Ervilhinha, como na história. Tudo te incomóda e tu não sabes o que sentes e nós não sabemos o que fazer para te ajudar. Parecemos baratas tontas (por esta altura já o papá tem chegado a casa) a tentar aliviar-te. Mudamos a fralda novamente e ficas menos chorosa (sim costumas chorar como se não houvesse amanhã, gritas quase, quando o pai fala comigo, ou eu com ele não ouvimos porque choras), vais-te calando e ficas muito tempo de perna ao léu, choramingando e esperneando com um olhar muito agitado. Recomeças a chorar e eu dou-te mais maminha o papá vai tratar do jantar, porque já passou da hora. O papá come, depois vem ele tomar conta de ti e como eu e tu continuas agitada. Vou fazer a cama, vestir o pijama, lavar os dentes e o nariz e passar o fio dental. Está na hora de deitar. Vamos para o quarto dou-te maminha novamente, desligo a luz e lá adormeces. Finalmente passou o serão, chegou a noite passou a hora do stress! Ufa. Ficamos aliviados por ti, amor (e por nós também)! Quando ainda é de noite no quarto acordas para mamar. Às vezes pouco tempo depois de deitar, outras vezes de madrugada (4/5 da madrugada) e ultimamente já de manhã (depois das 7)! Ainda ontem foi o papá que nos acordou quando se levantou para ir para o trabalho (e olha que também já estava atrasado, eram 8:20!). Não se acorda um bebé que dorme. Acordaste quando ele se começou a mexer e eu lhe disse para acender a luz. Estavas cheia de sono. Mamaste num instantinho e voltaste a adormecer (e eu também). Há dias assim. Outros dias, como hoje, mamas mais, demoras mais. Hoje passaram-se quase duas horas desde que acordaste até voltarmos a adormecer. Um dia de cada vez. Uns são mais fáceis que outros. Ontem e antes de ontem já não choraste tanto. Estavas inquieta e agitada, mas já não gritavas da mesma forma. Deixámos-te dormir mais e tu, durante o serão estavas mais calma. Que bom!

Back In my old Pants: já caibo nas minhas calças de ganga (nas outras ainda não)! Sinto-me mais normal, menos florzinha de estufa e menos bichinho do mato. Sabe-me muito bem sair à rua e ver gente, caminhar à beira-mar e passear à beira-rio. Claro que é contigo. Já fomos a S. Pedro de Muel, a Porto-de-Mós e várias vezes à beira-rio e pela cidade afora. Sabe tão bem!

Também já fomos a Salir à festa de anos da prima A. e agora também à do primo H. Estávamos cheios de medo de te levar tão pequenina  a uma festa, mas correu bem (a festa da prima A., a do primo, nem tanto)... Ficámos no nosso quartinho da casa da quinta.  Ficaste com fome pouco depois de chegarmos e estiveste a comer. As pessoas foram chegando e vieram vindo ao quarto para te conhecer e traziam prendas. Os primo grandes J.L. e C. com os filhotes F. e S., a tia La., as primas V. e La. com o priminho A., os primos D., as primas M., os bi'vós, a amiga I. da vovó L.. Todos vieram conhecer-te, uns de cada vez, com muita calma porque és um bebé pequenino e não queremos confusões (e tu não gostas) e todos trouxeram prendinhas! Temos de lhes agradecer... Quiseste mais um bocadinho de leitinho e depois fomos lá fora, no teu carrinho, apanhar um bocadinho de ar. Adormeceste pouco antes de começarmos a cantar os parabéns à prima A.. Depois foste ao colinho do papá, que soninho bom! Viemos embora já um bocadinho tarde, mas não acordaste durante a viagem. Foi à nossa porta e cheia de fome!

A festa do primo H. já foi mais complicada. Tinhas tido dorzinhas depois de comer à hora de almoço que passaram, e voltaram ao fim da tarde. Fomos para lá quando melhoraste e parecias estar bem porque dormiste descansada, mas depois de acordares e mamares as dores voltaram com força. Choravas como se não houvesse amanhã. A vovó L., o papá, a tia A. e eu, claro... Não estávamos a conseguir. Ainda estiveste bem o suficiente para tirar umas fotos com o priminho A., mas foi só. Doía-te a barriga, estavas mal-disposta, tinhas sono, estranhaste o sítio (que era o quarto do bi'vô em casa da tia N., não sei. Decidimos vir embora e pusemos-te no carrinho e lá acalmaste e dormiste.

Fazias 8 semanas e tinhas muitas dorzinhas... Estávamos preocupados primeiro, aliviados por passar depois.

Amamos-te muito, Pimentinha!

Na 3ª-feira fazias 2 meses, e na 2ª-feira fomos à consulta com a Dra. E., finalmente... Ela examinou-te e viu que estava tudo bem. O teu peso estava "óptimo" e a tua altura também. Esclarecemos as dúvidas que trazíamos e falámos-lhe das tuas cólicas. Ela receitou-te um cházinho da farmácia (funcho, camomila e cidreira). Também nos esclareceu sobre as vacinas que deverias tomar ('tadinha).

O cházinho começamos a dar-to, mas acho que não fez grande coisa. Continuaste a chorar muito, aflita, todos os serões e às vezes à tarde. Andamos, também nós, muito aflitos por ti. Mas há-de melhor, aliás há-de passar!

Amamos-te muito Pimentinha!

quinta-feira, 16 de abril de 2015

O tempo é redondo

Acho que foi a mamã que me explicou que para os cães o tempo "é redondo". Ou seja, tanto faz para eles estarem afastados de uma pessoa um dia, ou vários meses, que a reacção a rever é a mesma, não têm a percepção real do tempo a passar. 
E é isso que me está a acontecer, não dou pelo tempo passar... Vais fazer 7 semanas! 7 semanas, vais a mais de meio caminho de fazeres 2 meses! Foi "ontem" que nasceste, e no entanto já aconteceu tanta coisa! 

Já sabemos distinguir (a maior parte das vezes) os vários tipos de choro: se é fome, cólicas, birra de sono, fralda, ou desconforto. Só que de vez em quando, o teu choro é um mix disto tudo, e aí é que é um verdadeiro teste aos papás! A parte mais desgastante para nós é ao fim de várias tentativas não conseguirmos resolver o problema. Quando finalmente conseguimos, é um alívio e uma alegria. Ver-te calminha, contentinha, acordada ou a dormir, é maravilhoso! 

Desde muito cedo que esboças um sorriso. Pelo que tenho lido, no início, o sorriso de um recém-nascido deve-se sobretudo a satisfação, um alívio de uma dor. Mas tu desde muito cedo que deste a entender que já sorrias como forma de interacção, comunicação. Querias transmitir a tua alegria, o teu contentamento. Os papás ainda pensaram que se calhar estaríamos a exagerar. Mas quando fomos à consulta do 1º mês à Pediatra, esta, para grande espanto dela, constatou que sim, tu já tinhas o denominado sorriso social! 
No dia em que fizeste 1 mês, não houve qualquer dúvida: sorriste!!! Um sorriso largo, acompanhado por um semicerrar dos teus olhinhos. Um sorriso lindo, que nos enche a alma!

Ainda estavas na barriga da mamã e já demonstravas o teu gosto pela música. Podias estar sossegada durante várias horas, mas assim que tocava uma música, davas logo sinal! Quando a mamã ia aos registos no hospital, levava sempre o iPod como truque para tu mexeres mais rapidamente. 
Agora, quando estás acordadinha (sim, neste momento já estás umas belas temporadas acordada e bem disposta), eu toco viola (ou vióia, como diz a priminha A.) e canto juntamente com a mamã. Cantamos músicas de Tunas, fado de Coimbra, Rock n' Roll, música portuguesa, espanhola, anglo-saxónica... No fundo, tocamos e cantamos as músicas que nos dizem algo, que fazem parte da nossa vida e que agora passarão a fazer parte da tua vida. Ficas muito atenta a ouvir, a olhar para nós. Interages, mexes os teus bracinhos e pernitas, sorris, e até emites sons com a boquinha como forma de comunicação. Nós ficamos babados a olhar para ti!

As noites no nosso quartinho têm sido muito tranquilas. Normalmente, só acordas uma vez durante a noite para comer. Costumas acordar por volta das cinco da manhã. Já por diversas vezes, dou por mim a acordar momentos antes, sem despertador, preocupado com o teu bem-estar, se estás a dormir bem, se tens fome. E pouco depois... Despertas para comer! 
Não sei se é intuição, sexto sentido... Ou então é simplesmente porque o tempo é... Redondo!

domingo, 29 de março de 2015

Novas aventuras

Há novas aventuras no mundo da Pimentinha. 
A Avó T. deixou-nos hoje. Vieram cá o tio Ab. e a tia I. e deram-lhe boleia. Foi para casa dela tomar conta da Snow (a gata meiguinha branca como a neve), das galinhas e da casa. Estamos quase na Páscoa e a Páscoa é muito importante para a Avó T. Vai o compasso lá a casa com a água benta, a cruz, o menino do sino e um senhor a fazer de padre a anunciar que Jesus já ressuscitou, aleluia. É preciso limpar a casa e o jardim, mudar as cortinas, cortar os verdes, fazer o altar, ir às confissões, à Via Sacra, ao Lava-Pés e à missa do Aleluia. A avó T. tambèm tem uma consulta no posto médico. Ficámos as duas um bocadinho tristes. Vai custar-lhe estar longe de nós, especialmente depois de tanto tempo a cuidar de nós. Agora vai estar sozinha e eu fico triste por ela. Vai passar a Páscoa e os anos dela sem nós e é difícil. Pelo menos a tia L. vai passar a Páscoa com ela. Pelo menos não está completamente só.
Está semana fomos ao pediatra. Foi na 3ª-feira e ela disse que estavas muito bem. Estás a crescer bem, tens uma excelente interacção e parece que já tens sorriso social (mas não ia escrever porque tu eras demasiado novinha para isso - ficámos completamente babados). 
Ontem sentámos-te na tua primeira cadeirinha. Aquela de pano, preta e cinzenta da marca nórdica que aparece nas fotos... Gostaste muito. Estiveste que tempos a olhar para nós, a ouvir-nos e sim, temos a certeza, sorriste para nós! Fizeste alguns sorrisos rasgados e nós adorámos. Tinhas um olhar contentinho e isso deixou-nos felicíssimos!
Também te apresentámos (e baptizámos) o Anselmo, o ratinho de peluche que tínhamos comprado para decorar o teu quarto e lavado. Foi o primeiro brinquedo com o qual interagiste. Não ligaste assim muito, mas ainda assim foi o teu primeiro brinquedo.
Assim é no mundo da Pimentinha. Hoje estou contente e triste. Mas de certeza que amanhã me vais dar muitas mais alegrias (e algumas preocupações)!
Amo-te muito, minha Pimentinha!

quinta-feira, 26 de março de 2015

Nem Tudo São Rosas

Nem tudo são rosas no admirável mundo da Pimentinha sabendo que dele fazem parte o papá e eu.
Hoje tens 3 semanas mais 4 dias e agora já custa um bocadinho menos, mas dói cada vez que te ouvimos chorar. Agora já custa um bocadinho menos porque sabemos que quando choras como se não houvesse amanhã, normalmente tens fome. MUITA FOME! E, como tal, reivindicas, em plenos pulmões, o que é teu por direito: leitinho. E não páras enquanto eu não te dou de mamar.
Mas nem sempre aquele choro que ouvimos é de fome. E nós não sabemos o que é. E não sabemos o que fazer para te consolar. Acho que nem tu sabes. Penso que tu achas que tens fome e choras como se tivesses fome, mas é outra coisa qualquer. E dói não saber o que fazer para te consolar.
Já estive 1h e 30 minutos a dar-te de mamar. Cada vez que te fazia soltar a maminha choravas. Não era fome.
Comecei aos poucos a perceber que parecias indisposta. Deitavas leitinho fora muitas vezes e um dia destes vomitaste mesmo (pela 2ª vez). Púnhamos-te na posição de franguinho assado e continuavas a chorar. Fome não podia ser (tinhas mamado há pouquinho). Seria calor, frio, a fralda suja? Também. 
Comprámos fraldas mais baratas e ficaste com o rabinho assado. Agora apressamos a tirar-te a fraldinha suja. Melhorou um pouquinho. Já não gritas tanto. 
Às vezes acho que tens calor. Puxo as mantas para trás. Às vezes ficas mais calma, outras vezes não.
Às vezes acho que tens sono e por isso ficas rabugenta e choras muito. Choras como se tivesses fome. Quando choras assim não há nada que te console e tenho que te dar maminha. Falta-te aquele aconchego para dormires descansada...
E quando te pomos a arrotar? Também choras. Não gostas daquela posição. Não gostas de ir dormir sem a sensação de barriga cheia, não gostas que interrompa a mamada para arrotar, não gostas de estar tão direita... Não gostas e pronto! 
Durante a noite tens dormido sonos grandes (que bom!), mas antes disso tem sido muito complicado. Mudamos a fralda e choras, mamas e choras, arrotas e choras, mamas, tiro-te da mama e choras, mudamos a fralda e choras, mamas e arrotas e choras e mamas outra vez. Finalmente adormeces. Estás cansada e eu também. Ficamos muito aflitos nestas alturas. Afinal o que se passa? Temos medo que comas demasiado. Temos medo que tenhas fome. Neste processo passaram-se mais de 2h30m e já passámos por muitas sensações. Satisfação, sono, preocupação, agitação, desespero, conformação, calma, satisfação, sono e fatiga. São momentos difíceis, mas o que importa realmente é que fiques bem e acho que ficas. Estou a pensar que guardas reservas para a noite. Talvez seja isso, meu amor. Ontem foi assim, hoje não sei.
Depois de duas semanas em casa o papá teve de ir trabalhar e custou muito. O papá estava triste e eu também. Eu quis ir passear. Com ele, contigo. Quis ir passear para arejar, para aproveitar o sol, para passarmos uma nova experiência em família antes de nós termos de separar do papá por algumas horas por dia. O papá estava demasiado triste e apreensivo. Não queria separar-se nem um milímetro de ti, quanto mais colocar-te no banco de trás do carro. Eu fiquei muito triste, desapontada e chateada. Precisava de ir apanhar ar e sol (o sol dá-nos muitas coisas boas, inclusive alegria), afinal o cocktail de hormonas ainda inunda(va) o meu corpo... Estava principalmente triste por ele. Afinal tinhas-te tornado o centro do nosso mundo (ou melhor, o nosso mundo inteiro) e agora ele ia ter de desviar a sua atenção para o mundo do trabalho.
As rosas têm espinhos, mas os espinhos protegem as rosas dos predadores, das pestes e de seres com más intenções. Nem tudo são rosas, mas cada espinho, cada complicação fazem parte deste mundo, deste caminho que estamos a adorar conhecer e percorrer.
Amo-te, minha Pimentinha!

sábado, 21 de março de 2015

The days of our lifes

Deves estar a perguntar-te "mas o que andou o meu papá a fazer durante estes dias?" ou "porque não escreve ele?" A resposta é simples, estive a amar-te, cuidar-te, mimar-te, admirar-te, beijar-te, abraçar-te, aquecer-te, adormecer-te. E como não tenho o dom da escrita da mamã, tal como não tenho a capacidade de fazer mil e uma coisas em simultâneo como ela, tive de deixar passar estes dias alucinantes (alucinantes, mas no bom sentido) para arranjar tempo e inspiração. Vou passar então a apresentar um resumo de alguns dias que passaram.

DIA 28 FEVEREIRO (o teu dia de nascimento)
No dia 27 eu e a mamã deitámos-nos convencidos que no dia seguinte acordaríamos às 9:00 da manhã, e que iríamos para o hospital calmamente para induzir o teu nascimento. Mas tu trocaste-nos as voltas, tu é que decidiste quando quiseste nascer! E na madrugada de 28 de Fevereiro, pelas 6:00h da manhã a mamã acorda-me a dizer que não dava para esperar pelas 9:00 da manhã. Estava com contracções de 5 em 5 minutos! Eu estava cheio de sono e sem saber as horas, mas depois desta notícia levantei-me da cama como uma mola! Finalmente chegou o momento pelo qual tanto ansiávamos!
Na nossa garagem, entramos no carro e eu citando uma cena de Ted Mosby da sitcom "How I met your mother", exclamei para a mamã: We're having a baby!!!!
Entrámos no hospital perto das 7:30h e fomos para a sala de dilatação/ sala de parto. Eu e a mamã estávamos ansiosos, felizes mas também calmos, estávamos preparados para este dia, preparados para a longa espera, preparados para te receber. Passada a manhã, e um bom bocado da tarde, a enfermeira informa-nos que a mamã está com a dilatação completa e que estás pronta para nascer! Eis que chega o grande momento! Fui para ao pé da mamã, segurei-lhe na nuca para a ajudar a fazer força. A tua mamã foi uma valente, uma guerreira, manteve sempre a calma, fazendo tudo de acordo com as instruções das enfermeiras. E de repente... Saíste tu! Mal te vi, estavas de costinhas, depois as enfermeiras viraram-te e colocaram-te em cima da barriga da mamã. Não choraste desalmadamente, apenas um pequeno gemidozinho, e deitaste pela boca um bocadinho de líquido proveniente do ambiente de onde estavas. Eu estava maravilhado, imediatamente fiquei com os olhos encharcados, troquei um olhar cúmplice com a mamã, estávamos a rebentar de tanta felicidade! Tinha nascido a nossa menina, a nossa Pimentinha!

DIA 9 DE MARÇO
Fomos ao centro de saúde para te pesarmos e medir-te. A enfermeira pediu-nos para te despir completamente, fralda incluída. Eu e a mamã pensámos logo que tu não irias gostar, és muito sensível ao frio e não gostas de estar sem a tua roupinha quentinha. Pesaram-te. Engordaste 260g após uma semana fora do hospital. Estava tudo OK, o leitinho da mamã está a alimentar-te! Como já era esperado, não estavas nada contente com a experiência, choravas, estavas chateada, e com razão. Eu para tentar aquecer-te o mais rápido possível, já que vestir-te ainda demora o seu tempo, abracei-me a ti, segurei-te contra o meu peito... E eis que... Decidiste dar um "presentinho" ao teu papá! Foi camisa,casaco, calças, botas, chão... É assim... Quem te chateia, leva troco! É para aprenderem!

DIA 16 DE MARÇO
Já passaram os 10 dias úteis a que tinha direito para me ausentar no trabalho... Como é possível ter passado tão rápido? O tempo contigo parece sempre pouco, apetece-me estar sempre contigo e com a mamã. Nestes dias começámos a conhecermo-nos mutuamente, eu e a mamã tentamos continuamente perceber o que gostas, o que não gostas, os teus horários de sono, a tua alimentação, a tua higiene, a tua roupa, as fraldas, o que queres dizer com cada tipo de choro. Parece que mudámos um chip nas nossas cabeças, toda a nossa rotina, os nossos hábitos, mudaram naturalmente. Eu, por exemplo, sempre tive grande dificuldade em acordar ao meio da noite seja para o que for. Agora basta ouvir o teu choro e acordo desperto num ápice, pronto para te acalmar e ajudar no que for necessário. 
Ao longo deste tempo tivemos várias visitas, de família, amigos, todos ficam encantados como nós com a tua doçura, a tua beleza, a tua serenidade. Não me canso de olhar para os teus olhos doces, de ouvir os teus gemidos fofinhos, de te ver, sentir, cheirar, acariciar, beijar, amar. És tão fofinha que costumo dizer que rebentas com a escala de fofice!

Não me apetece nada ir trabalhar hoje, estou com o coração apertado, quero estar junto do meu anjinho que és tu. Depois penso naqueles que foram forçados a emigrar e a estar longe dos seus filhotes... Nem consigo imaginar, deve ser uma dor tremenda. Ainda assim eu trabalho a 10 minutos de casa, ao almoço vou voltar a ver-te. Vendo por esta perspectiva, posso dizer que são poucos os que podem fazer isto, e eu posso! Volto a esboçar um sorriso, concluo que afinal não me posso queixar, separo-me de ti, mas a distância é curta, e por pouco tempo. :)

sábado, 14 de março de 2015

2 semanas

Hoje fazes duas semanas, bebé.
Hoje faço duas semanas que sou mamã, mais 41 que sou tua mãe.
Sou mamã que dá mama, que dá atenção, colinho e carinho. Sou mamã que te alivia as cólicas e te olha nos olhos e te dá beijinhos e segura nos braços. Que te dá a mão (ou melhor, o dedo) e põe a mão sobre a cabeça ou barriguinha quando sente que precisas de um aconchego.
Hoje fazemos duas semanas.
Tua mãe sou desde a primeira hora. Carreguei-te, alimentei-te e pari-te. Dei-te do meu sangue e da minha carne. Dei-te música a ouvir e falei contigo. Antes mesmo de conhecer que estavas dentro de mim, já o sabia e já te tentava aquecer. Na semana em que soubemos que havia uma Pimentinha, dei por mim, muitas vezes, a pousar a mão sobre a minha barriga. Quase como faço agora, quando pouso a mão sobre a tua barriga.
Agora estamos a conhecermo-nos melhor. Gostas do quentinho da mamã quando acabas de mamar, mas também gostas muito de ficar deitadinha na tua caminha. Gostas de fazer os teus cocózitos quando acordas. Às vezes, a mamã e o papá tem de ajudar. Temos de fazer massagens e pôr-te na posição de franguinho assado. Deixas logo de chorar e voltas a ter o teu ar calmo e sereno.
 Assustas-te com barulhos pequeno. O vapor do ferro, a porta que se encosta, a avó que mexe no estendal...
Ficas grogue com o leitinho da mamã. Gostas de fazer pausas durante a mamada. É quase como se comesses a sopa, o prato e a sobremesa...
Não gostas de arrotar, mas tem de ser. Aproveito quando estás grogue e deixas cair a cabecita e largas a mamita. Pego em ti e encosto-te ao meu peito. Deixas-te ficar, quase enroladinha e eu tento pôr-te direita (e olha que ainda custa sentar-me direita, amor). De repente arrotas ou tosses ou espirras e lembraste que estavas a mamar e choras e pedes mais maminha. E eu dou. Depois da sobremesa, já não te posso pôr a arrotar, se não ficas rabugenta e já não dormes descansada.
Desde há dois dias que ficas acordada meia hora depois de mamar. Bem disposta e curiosa. Atenta a mim, ao papá, à avó T..
Desde há dois dias que me olhas enquanto mamas. Acho que já sabes que sou eu a tua mamã, sou em quem te dá alimento e quem te dá vida. Vejo nos teus olhos doces amor, curiosidade e confiança.
Há duas semanas que sou a tua mamã e há duas semanas que és a minha bebé. Amo-te meu paxazinho!

quarta-feira, 11 de março de 2015

Ontem, Hoje

Ontem deste-nos uma grande alegria,
Hoje pregaste-nos um grande susto.
Ontem fomos à primeira consulta.
Hoje veio a avó L. cá a casa.
Pesas 3360g e medes 49 cm. Estás a aumentar e a crescer. Já não é preciso acordar-te para mamar. Ficámos tão felizes por ti, amor! Acordar um bebé que dorme placidamente é tortura (para todas as partes envolvidas).  Estás a crescer, bebé. Fico contente. Fico comovida.
Mamavas contentinha o leitinho da mamã, atendemos uma chamada de FaceTime da tia A. e dos primos. Acabaste de mamar, ficaste um bocadinho direita e depois pusemos-te na caminha. De barriga para o ar, cabeça de lado. Ia começar a lanchar e, de repente, ouvi-te fazer aquele som, de quem vai bolsar, de quem se engasgou. Num ápice saltei da cadeira, quando cheguei ao pé de ti já tinhas bolsado um bocadinho e levantei-te as costas, ficaste de lado. No mesmo instante vomitaste o leite que tinhas mamado. Não foi só um bocadinho, foi um jacto de leite quente e branco que inundou a fralda e chegou ao sofá. Respirei fundo. Pus-te na posição de segurança, de barriga para baixo, sobre o meu braço. Ficaste calminha. O susto tinha passado. Eu e o papá ficámos muito preocupados. Só depois de te ver calma e serena é que a mamã teve tempo para ficar apreensiva. Foi só uma má-disposição de bebé que mamou demais ou algo mais? A avó T. dizia uma coisa, a avó L. dizia outra e o papá suspirava. Chorei um bocadinho. Oh, Amor, fiquei tão preocupada... Ligámos para o hospital. Ficámos mais descansados. Não deve ser nada demais. Provavelmente só confusão a mais depois da mamada. Dormiste 2 horitas depois tornaste a pedir leitinho. Finalmente o meu coração sossegou.
Amanhã será um novo dia no Admirável Mundo da Pimentinha.

P.S. Este post foi começado um dia antes da sua publicação.

domingo, 8 de março de 2015

1 week old+1 day

Ontem foi o dia do teu aniversário de uma semana.
Já passámos por tanta coisa juntas! Tantas primeiras vezes! A primeira fralda, o primeiro cocó (o teu e o meu pós-parto), o primeiro banho, o primeiro chichi, a primeira (e as outras) noite quase sem dormir, a primeira cólica, a primeira indecisão...
Ontem fizeste uma semana de vida e caiu-te o que sobrou do cordão umbilical. És tão certinha, meu amor!
Ontem fizeste a mamã passar a noite a dar-te maminha. Estavas a dormir, eu também, mas não largavas nem por nada. Eu deixei. Precisavas de mim e eu dei o mais que pude de mim.
Hoje afastei-me de ti um bocadinho. Fui ao quintal. Fiquei com o coração apertadinho e quando voltei chorei. Como é possível sentirmos tanto a ausência de alguém que está ali tão perto e até à pouco não existia?
Hoje choravas e acabava de te trocar a fralda. Já tinha tirado a mamita para fora e o leite pingava sobre a mesa. Já passámos por tantas 1ªs vezes...
Amo-te Pimentinha e aos teus barulhinhos e guinchinhos e às tuas caretas e às tuas mãozinhas pequeninas e...

sábado, 7 de março de 2015

Já estás cá fora!

Já estás cá fora!
Nasceste com muita calma e muito amor. Foste muito corajosa e vieste ao mundo quando quiseste vir. Quase nem choraste. Só mesmo uma pequena manifestação para nos mostrares que tinhas vindo ao Mundo e que este haveria de conhecer a tua voz.
Vinhas com o cordão enrolado à volta do teu pescocinho e fomos as duas muito corajosas e mostrámos muita força e calma. Pedi a Deus que orientasse a enfermeira-parteira e aguentei. Naquele instante que pareceu uma hora, a enfermeira queixando-se do tamanho dos instrumentos, com movimentos rápidos e seguros cortou o cordão que te cingia o pescocinho. Acreditei em Deus e em pouco tempo estavas livre. A enfermeira mandou puxar mais um pouquinho. Já estavas cá fora!
Não te consigo dizer o que senti, porque nem sei bem o que foi. Estava feliz mas incrédula, contente mas cansada, cheia de fé no Mundo mas preocupada e padeci de mais um sem-número de sensações que me inundaram naquele momento em que te retiraram de dentro de mim e te pousaram em cima da minha barriga agora disforme. Bastaram poucos segundos para te levarem para ali ao lado para te ajudarem a respirar e te limparem a pele suja, molhada e coberta de fluídos. Sofri, logo ali. Queria-te tanto pousada sobre o meu peito a cheirar o meu suor... Mal choravas e eu, aberta e mal-tratada, não queria saber de mim. Olhei-te com dor e amor e esperei. [Agora mesmo bolsaste. Ficaste aflitita com o leite que era a mais e deitaste-o fora. Eu engoli a minha aflição e fiz o que me ensinaram. Limpei-te a cara, pus-te de lado, levantei-te as pernas. Respirei fundo. A tua respiração ainda não estava lisinha, havia qualquer coisa a obstrui-la. Peguei-te de barriga para baixo e levantei novamente as tuas pernas. Fizeste beicinho e aquele guinchinho que me faz crer que estás bem, deitei-te e fiquei descansada. Está quase na hora de mamares novamente.]
A enfermeira mais velha de cabelo curto tratava de ti. Levou-te a balança e chamou o papá. 3,350kg.  "Decore papá". O papá tirou uma foto. Ficou registado. Vestiu-te e aqueceu-te. Eu olhava-te esquecida de mim. Abstraía-me do que me faziam, do estado em que estava. Puseram-te ao colo do papá e eu descansei um pouquinho.
As enfermeiras empurravam-me e espremiam-me a barriga, puxavam e ajudavam-me a expulsar o que havia para expulsar. O parto é um momento mágico e milagroso, mas sujo e nojento. Puseram a placenta sobre a mesa de apoio. 550g. Parece q está tudo bem. Disseram. Saiu tudo o q era preciso sair.
A enfermeira-parteira, cosia o que havia para coser e ainda perguntei, rasgou? "Não, eu é que cortei". Eu disse qualquer coisa sobre o facto de estar a demorar algum tempo e ela afirmou que demora o seu tempo. Eu sorri e disse "claro, o que importa é que fique bem feito". Olhei-te novamente, ao colinho do papá que estava feliz, apaixonado e derretido. E eu, feliz, apaixonada e derretida.
As enfermeiras limpavam o que havia para limpar e eu esperava, com dor e amor, pelo momento em que te pusessem novamente nos meus braços.
Mudaram-me de cama e trouxeram-te para junto de mim. Chegou a hora. Estavas nos meus braços e eu feliz, apaixonada e derretida. Perguntaram-me se tencionava dar de mamar. Assenti. Sempre supus ser esse o meu destino,  dar alimento ao meu bebé. Minha mãe deu-me mama até aos 2 anos e minha avó aos filhos dela e aos das outras. Destapei a maminha, puseram-te ao meu peito, agarraste logo. Começaste logo a mamar como quem sabe o que quer e como fazer para o conseguir. As enfermeiras exclamaram: este bebé sabe exactamente o que fazer, outros, contudo, coitadinhos, precisam de tanta ajuda! Vieram-me as lágrimas aos olhos. Fiquei tão feliz por ti, por nós! O papá abraçava-nos feliz, apaixonado e derretido. E eu, feliz, apaixonada e derretida. Estavas cá fora.
Disseram-nos que o papá só podia ficar mais um bocadinho e ele ficou um pouquinho triste, com o coração apertadinho. As enfermeiras esticaram o tempo um pouquinho, foram amigas. Mas mesmo assim, logo chegou a altura do papá sair. Foi para casa um pouquinho triste e já cheio de saudades.
Levaram-me para o outro quarto, grande, com meia dúzia de camas. Puseram-me gelo sobre a barriga e no corte. Pedi água. Disseram-me, ainda não. Tu mamavas ainda. Mamaste muito tempo.  Mais de uma hora. Primeiro de um lado e depois do outro. Estavas cá fora e tinhas fome de vida. Olhava-te feliz, apaixonada e derretida. Vi nas tuas caretas traços do meu pai. Emocionei-me e chorei um pouquinho. Estava feliz, apaixonada e derretida. Estavas cá fora.
Vinham-nos ver de vez em quando. Trouxeram-me comida e bebida. Tiraram-te de ao pé de mim e pousaram-te num berço. Fiquei um pouquinho triste, mas tinha de ser. Bebi um ice tea, que me soube pela vida. Comi a sopa, pão, arroz e couve-flor. A carne não. Parecia frango. Já me conheces.

Obrigada senhoras enfermeiras. Não há palavra mais forte no mundo para vos deixar. Obrigada do fundo do meu coração, do mais profundo do meu ser.

Esperei um pouco e depois vieram-nos buscar. Puseram-te novamente nos meus braços. Abracei-te. Estavas cá fora, eras minha. Levaram-nos pelos corredores do hospital, subimos de elevador. Piscavas os olhinhos e fazias caretas enquanto passávamos pelas luzes dos corredores. Abracei-te tive medo que tivesses frio e te assustasses.
Quarto 204, cama 10. Foi aqui que ficámos enquanto estivemos no hospital. A enfermeira de olhos claros e de quem gostámos muito veio ter connosco. Jovial, doce e segura, fez-me as perguntas da praxe. Respondi e perguntei se podia ir à casa-de-banho. Ainda não daqui a pouco. Chegada a altura disse-me que me podia levantar e a outra enfermeira, mais baixinha e com uma pronúncia característica, aquela que nos levou a conhecer o hospital, veio ajudar-me. Perguntaram se me sentia bem. Disse que sim. Explicou-me como havia de fazer. Primeiro chichi aqui, depois água fria acolá.
Estava na hora de mamares novamente. As nossas malas ainda não estavam cá em cima (o papá tinha-se atrasado e agora as auxiliares). A enfermeira trouxe-nos fraldas e algodão. Mostrou-me como te mudar. Já tinhas feito uma cocozada.  Fiquei contente. Mudei a tua primeira fralda. Já estás cá fora! Não me atrapalhei nada. Mamaste novamente. E dormimos as duas um pouquinho, aos pouquinhos.
Estás cá fora, e eu, feliz, apaixonada e derretida.

sexta-feira, 27 de fevereiro de 2015

Quase quase

Ansiedade. Medo. Adrenalina. Responsabilidade. Felicidade extrema. É nesta amálgama de sentimentos em que me encontro. Amanhã (ou melhor, hoje, daqui a pouco) fazes 41 semanas. 
Chega finalmente o dia em que virás cá para fora para te juntares a nós, e nós a ti. Vou presenciar o teu nascimento. Sim, eu, o fraquinho que se impressiona com qualquer coisa, vou ganhar coragem e ver-te logo desde o primeiro momento. Digo-te aqui o que já disse à mamã: está a ser uma viagem do caraças, e isto ainda é só o começo!

Grão de Pimenta

Eras do tamanho de um grão de pimenta quando soubemos de ti. Em menos de um minuto rimos e chorámos, sorrimos e suspirámos, demos a volta ao mundo sem sair do sítio, voámos até à lua e voltámos. Amámos-te desde o primeiro segundo e desde o primeiro momento tivemos a certeza que irias ser feliz e nos fazer felizes. Eras do tamanho de uma pimentinha e já te amávamos. Naquele dia, esperei que fossem quase horas do papá sair do trabalho e corri para casa na ânsia de saber se já existias (mal prestando atenção ao trânsito) e descobri tremendo que já cá estavas. Enviei uma foto ao papá que não percebeu do que se tratava (ou não quis perceber). Quando chegou e finalmente entendeu o que estava representado ficou em júbilo. Amei-o mais do que nunca, tanto como sempre. Agora já não éramos só dois. Éramos três: eu, ele e uma pimentinha. <3