sábado, 30 de maio de 2015

Descobriste a Tua Voz

Pois é, ontem descobriste a tua voz. E é divinal! Falaste com a mamã, o papá, com os "anjinhos" e com o Pinky (o KikoNico cor-de-rosa que eu acho que vai mudar de nome). Faz uns A-a-a e uns E-e lindos! Doces e um pouco roucos talvez. Vais ter uma voz linda de certeza! Acho que hoje até foi assim que me pediste para mamar... 

Estás a crescer e eu a amar cada minuto desta evolução contigo. És minha filha e cabe-me a mim este papel de te acompanhar, acarinhar, alimentar, segurar e empurrar (às vezes também é preciso). Às vezes custa um bocadinho. Dói-me a maminha porque houve uma manhã que não mamaste bem (bloqueou-se-me um ducto, e isso dói e muito!) e eu resolvi dormir de barriga para baixo. Tenho sono e queres mamar. Tenho sono e eu já acordei mas tu ainda não e tenho de esperar que tu acordes. Tenho sono e tens de arrotar e tu tens sono. Às vezes custa um bocadinho quando tu choras desalmadamente e não sei o que faça (nem o papá). Às vezes custa um bocadinho, mas devo ser masoquista porque estou a adorar cada momento!

Amo-te muito, Pimentinha!

sexta-feira, 29 de maio de 2015

Acho que precisamos de ajuda.

Acho que precisamos de ajuda.

Acho que estou farta de ouvir conselhos mas precisamos de ouvir alguns. Não tu, mas sim eu e o papá. Tu sabes que queres algo e reivindica-lo veementemente (nem sempre sabes muito bem o quê é nós nem sempre conseguimos interpretar). Quando queres arrotar e estás à maminha largas e prendes e largas e prendes e eu é que tenho de ser rápida o suficiente para te pôr direita senão contínuas a mamar e ficas mal-disposta.  
Acho que estou farta de ouvir opiniões mas precisamos de ouvir alguns conselhos (não vindos de qualquer um, mas de quem realmente se preocupa com isto de dar maminha). Não tu, mas sim eu e o papá. Tu sabes que queres algo e reivindica-lo veementemente (nem sempre sabes muito bem o quê e nós nem sempre conseguimos interpretar). Por exemplo, quando queres arrotar e estás à maminha largas e prendes e largas e prendes e eu é que tenho de ser rápida o suficiente para te pôr direita senão contínuas a mamar e ficas mal-disposta.  

Tenho estado a ler sobre amamentação e conselheiras de amamentação e quanto mais leio, mais chego à conclusão que às vezes devia era ter ouvidos moucos e não prestar atenção às pessoas que me dão opiniões (inclusive médicos). As maminhas são minhas e a fominha (ou vontade de mamar) é tua e nós é que sabemos! Sinto que sabia melhor o que fazer antes de ouvir os outros (mesmo sem querer). Tenho muito mais dúvidas se estou a fazer bem ou mal, muito mais inseguranças e incertezas. Parece-me que corria melhor quando nada sabia, quando nada ouvia. Tudo era novo, mas tudo era natural. Agora o que dizem entranha-se no nosso quotidiano por mais que tente abstrair-me. A mãe é que sabe. Foi algo que ouvi e li. Acho que é isso mesmo... A mãe é que sabe.

Dizem que os bebés mamam em 10/15 minutos e que retiram 90% do que precisam em 4 minutos. Pois bem, tu demoras 30 minutos (no mínimo dos mínimos). Tu gostas de mamar e mamas bem. Demoras o tempo que tens a demorar e ninguém (para além de mim própria) tem nada a ver com isso. O meu pai, o teu avô L. dizia que o leite não se bebe, come-se.

Disseram-me (médicos e outras pessoas, da família até), que deves mamar de uma maminha e depois de outra (eles sabem lá!). Mas pelo que sei, o bebé larga a maminha quando está já não te leite. Ora, tu não largas. Nunca. Ou quase nunca. Quando adormeces à maminha ou quando eu acho que tu já estás a fazer ronha tenho de te tirar a maminha. Depois de 30 minutos, quando te tiro a maminha porque sinto que tens de arrotar ou acho que estás na ronha espremo a maminha e lá sai esguicho. Não está vazia não. Tu engordas, ou não, mas dás ao litro e eu dou o litro! Houve uma médica que me falou até de suplemento... Ainda há uma maminha de sobra antes disso, não?! Para ela deve ser mais importante engordar do que crescer saudável! - Os frangos de aviário também engordam com ração... É óbvio que se tiver de ser, será, mas enquanto eu o poder evitar, evito!

De uma coisa não tenho dúvida alguma... Amo-te muito Pimentinha

quarta-feira, 6 de maio de 2015

9 Semanas

Tens 9 semanas e pouco e desde há uns dias que descobriste que podes usar as mãos para chuchares e te acalmares. 

Tens nove semanas e uns dias e hoje mostraste que já consegues pegar nos teus bonequinhos. Vimos-te segurar (por breves instantes) o Anselmo, a Mai e o Capitão com intenção. Fiquei comovida, vieram-me as lágrimas aos olhos. Estás a ficar crescida! És tão linda, Amor!

Tens nove semanas e uns dias e hoje quase gargalhaste. Emitiste um sonzinho tão nítido enquanto sorrias para mim! Fiquei derretida! És tão linda, Amor!

Tens nove semanas e uns dias e no fim-de-semana passado fomos pela primeira vez a casa da avó T., à casa onde cresci, à minha casa. Gostaste do quarto, mas depois quando fomos para a cozinha chateaste-te e choraste. Veio o meu (e teu) primo De. conhecer-te. Depois mamaste novamente e dormiste. Viemos embora e a avó T. veio connosco. As viagens correram bem.

Tens nove semanas e uns dias e dormes ao meu lado. Hoje está a correr bem. Ontem e antes de ontem choraste muito. Não conseguiste dormir à tarde e não te acalmavas por nada. À tarde fomos passear e descobri que o som do mar faz milagres (pelo menos hoje faz). Ontem esteve cá a vovó L e antes de ontem foi o primeiro dia da avó T. cá em casa.

Tens nove semanas e uns dias e amanhã o papá faz anos. Parabéns, papá! A Pimentinha e eu amamos-te muito!

Um Dia de Cada Vez

Ou: O Insustentável Peso do Ar; A Hora do Stress; Back In My Old Pants; A Festa de Anos da Prima A.; O Teu Segundo Mês; As Terríveis Cólicas (ou Lá o Que É); Já Dormes a Noite Toda, Bebé! A Ervilhinha; Feliz Aniversário de 2 Meses...

Este post podia ter muitos títulos, mas escolhi o mais simples. Temos de curtir, viver e ultrapassar um dia de cada vez. Demorei muito para escrever e descrever este mês. Tens ocupado (felizmente) muito do meu tempo e eu gosto.

Todos os dias têm sido iguais e todos os dias têm sido diferentes. Acordamos sempre tarde. Primeiro eu esperançosa e desejosa de ter tempo que chegue para comer e ir à casa-de-banho. Depois tu com os teus olhinhos espertos e alegres. A maior parte das vezes consigo fazer tudo o que quero, de vez em quando não. Tu és como nós. Gostas de dormir a manhã toda no escurinho e sem perturbações. Abro-te a persiana devagarinho. Primeiro alguns buracos, 10 minutos depois todos e por último puxo-a toda para cima. Passado um pedaço acordas linda e cheia de vida. Fazes força e eu ajudo levantando-te as pernocas. Ficas aliviada e começas a ficar inquieta. Não gostas de te sentir suja. Trago-te para a sala, mudo-te a fralda, ficas a sentir-te bem. Ponho soro no nariz, lavo-te a cara e as mãos e ponho creme na tua carita se der tempo. Sento-te na tua cadeirinha, a preta da marca sueca BB. Primeiro ficavas a chorar. Querias comer. Tinhas fome. Depois de tratar do teu rabinho vou sempre lavar as mãos, tem de ser. Aproveito e trago a tua caminha para a sala. Agora já não tens chorado. Esperas por mim. Às vezes ainda choramingas quando me ouves a chegar, mas hoje não. Agora já sabes que a mamã vem lá pronta para te dar maminha. Olhas-me com um olhar ávido e contente a fazer biquinho com a boca e a língua de fora a salivar de antecipação e eu digo, a mamã dá, a mamã dá. Vamos para o nosso cantinho do sofá e bebes o teu leitinho sofregamente primeiro mais devagar a seguir. Estamos muito tempo as duas. Às vezes ficamos as duas com sono, outras vezes não. Gostas de mamar até ficar molinha, mas agora já não tens tanto sono e choramingas um bocadinho. Às vezes adormeces, mas quando o papá chega para almoço estás sempre acordada, parece já sabes quando ele está em casa! Não conseguimos almoçar juntos, mas não faz mal. Estamos a cuidar de ti, a brincar contigo ou a tentar adormecer-te. Ficamos felizes. Às vezes ainda tenho de ir tomar banho e só almoço quando adormeces, outras vezes como logo e fica o papá a tratar de ti. Dormes um pouquinho e depois pareces acordar, mas não. Abres os olhos, espreguiças-te, esperneias e esbracejas. Demoras que tempos a voltar a dormir profundamente. Tento não te perturbar, mas na maior parte das tardes acabo por pegar em ti ao colo. E dormes. [como agora]. É tão bom ter-te assim nos meus braços descansadinha... 

Quando acordas para lanchar, já o sol bate na nossa janela. Mudo a fralda e dou maminha. É normalmente a esta hora que se dá um fenómeno que não conseguimos explicar. Ficas agitada e pareces nunca ficar satisfeita com a maminha. Tento pôr-te a arrotar e não deixas (só te consigo colocar "direita" desde há uma semana). Mexes a cabeça violentamente para um lado e para o outro e contorces-te. Não consegues ficar molinha como gostas e chateias-te. A luz parece incomodar-te, o som da TV também. A fralda atrapalha-te, a roupa também. Tens calor, tens frio. Precisas de arrotar e não consegues. Arrotas-te e não gostas, bolsaste e não gostas. Queres colo mas não queres. Queres a tua caminha mas não estás bem. Dói-te a barriga, tens gases, tens as terríveis cólicas ou talvez não. Estás mal-disposta, tens azia (ou refluxo). Um dia é uma coisa, noutro é outra. É a Hora do Stress, é a Ervilhinha, como na história. Tudo te incomóda e tu não sabes o que sentes e nós não sabemos o que fazer para te ajudar. Parecemos baratas tontas (por esta altura já o papá tem chegado a casa) a tentar aliviar-te. Mudamos a fralda novamente e ficas menos chorosa (sim costumas chorar como se não houvesse amanhã, gritas quase, quando o pai fala comigo, ou eu com ele não ouvimos porque choras), vais-te calando e ficas muito tempo de perna ao léu, choramingando e esperneando com um olhar muito agitado. Recomeças a chorar e eu dou-te mais maminha o papá vai tratar do jantar, porque já passou da hora. O papá come, depois vem ele tomar conta de ti e como eu e tu continuas agitada. Vou fazer a cama, vestir o pijama, lavar os dentes e o nariz e passar o fio dental. Está na hora de deitar. Vamos para o quarto dou-te maminha novamente, desligo a luz e lá adormeces. Finalmente passou o serão, chegou a noite passou a hora do stress! Ufa. Ficamos aliviados por ti, amor (e por nós também)! Quando ainda é de noite no quarto acordas para mamar. Às vezes pouco tempo depois de deitar, outras vezes de madrugada (4/5 da madrugada) e ultimamente já de manhã (depois das 7)! Ainda ontem foi o papá que nos acordou quando se levantou para ir para o trabalho (e olha que também já estava atrasado, eram 8:20!). Não se acorda um bebé que dorme. Acordaste quando ele se começou a mexer e eu lhe disse para acender a luz. Estavas cheia de sono. Mamaste num instantinho e voltaste a adormecer (e eu também). Há dias assim. Outros dias, como hoje, mamas mais, demoras mais. Hoje passaram-se quase duas horas desde que acordaste até voltarmos a adormecer. Um dia de cada vez. Uns são mais fáceis que outros. Ontem e antes de ontem já não choraste tanto. Estavas inquieta e agitada, mas já não gritavas da mesma forma. Deixámos-te dormir mais e tu, durante o serão estavas mais calma. Que bom!

Back In my old Pants: já caibo nas minhas calças de ganga (nas outras ainda não)! Sinto-me mais normal, menos florzinha de estufa e menos bichinho do mato. Sabe-me muito bem sair à rua e ver gente, caminhar à beira-mar e passear à beira-rio. Claro que é contigo. Já fomos a S. Pedro de Muel, a Porto-de-Mós e várias vezes à beira-rio e pela cidade afora. Sabe tão bem!

Também já fomos a Salir à festa de anos da prima A. e agora também à do primo H. Estávamos cheios de medo de te levar tão pequenina  a uma festa, mas correu bem (a festa da prima A., a do primo, nem tanto)... Ficámos no nosso quartinho da casa da quinta.  Ficaste com fome pouco depois de chegarmos e estiveste a comer. As pessoas foram chegando e vieram vindo ao quarto para te conhecer e traziam prendas. Os primo grandes J.L. e C. com os filhotes F. e S., a tia La., as primas V. e La. com o priminho A., os primos D., as primas M., os bi'vós, a amiga I. da vovó L.. Todos vieram conhecer-te, uns de cada vez, com muita calma porque és um bebé pequenino e não queremos confusões (e tu não gostas) e todos trouxeram prendinhas! Temos de lhes agradecer... Quiseste mais um bocadinho de leitinho e depois fomos lá fora, no teu carrinho, apanhar um bocadinho de ar. Adormeceste pouco antes de começarmos a cantar os parabéns à prima A.. Depois foste ao colinho do papá, que soninho bom! Viemos embora já um bocadinho tarde, mas não acordaste durante a viagem. Foi à nossa porta e cheia de fome!

A festa do primo H. já foi mais complicada. Tinhas tido dorzinhas depois de comer à hora de almoço que passaram, e voltaram ao fim da tarde. Fomos para lá quando melhoraste e parecias estar bem porque dormiste descansada, mas depois de acordares e mamares as dores voltaram com força. Choravas como se não houvesse amanhã. A vovó L., o papá, a tia A. e eu, claro... Não estávamos a conseguir. Ainda estiveste bem o suficiente para tirar umas fotos com o priminho A., mas foi só. Doía-te a barriga, estavas mal-disposta, tinhas sono, estranhaste o sítio (que era o quarto do bi'vô em casa da tia N., não sei. Decidimos vir embora e pusemos-te no carrinho e lá acalmaste e dormiste.

Fazias 8 semanas e tinhas muitas dorzinhas... Estávamos preocupados primeiro, aliviados por passar depois.

Amamos-te muito, Pimentinha!

Na 3ª-feira fazias 2 meses, e na 2ª-feira fomos à consulta com a Dra. E., finalmente... Ela examinou-te e viu que estava tudo bem. O teu peso estava "óptimo" e a tua altura também. Esclarecemos as dúvidas que trazíamos e falámos-lhe das tuas cólicas. Ela receitou-te um cházinho da farmácia (funcho, camomila e cidreira). Também nos esclareceu sobre as vacinas que deverias tomar ('tadinha).

O cházinho começamos a dar-to, mas acho que não fez grande coisa. Continuaste a chorar muito, aflita, todos os serões e às vezes à tarde. Andamos, também nós, muito aflitos por ti. Mas há-de melhor, aliás há-de passar!

Amamos-te muito Pimentinha!